domingo, 3 de novembro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Cerveja de milho
domingo, 8 de setembro de 2013
Medindo o teor alcoólico da cerveja
Uma dúvida freqüente dos cervejeiros iniciantes é quanto ao uso do densímetro na fabricação da cerveja caseira, principalmente no que diz respeito à estimativa do percentual de álcool gerado (ABV). Afinal, de que adianta fazer cerveja se não vai ser possível saber quanto de álcool tem nela!
O densímetro é um equipamento relativamente simples e que serve para medir a densidade (ou massa específica) de determinada solução. Em outra palavras, mede a diferença entre a densidade da solução e a densidade da água pura. No caso do cervejeiro caseiro, mede-se a quantidade de açúcar diluído na solução. A água pura possui densidade de 1.000. Quanto mais açúcar diluído na água maior a sua densidade e, portanto, maior a sua leitura através do densímetro. O densímetro mais utilizado pelos cervejeiros caseiros é o de graduação entre 1.000 e 1.100, o que permite fazer a leitura de cervejas com alto potencial alcoólico (quase 12%).
Este é um equipamento essencial ao cervejeiro caseiro, pois pode fornecer vários dados importantes tais como avaliar a eficiência na extração de açúcares do malte durante a brassagem, estimar o percentual aproximado de álcool da cerveja e analisar a atenuação do mosto durante a fermentação.
Para usar o densímetro, normalmente é necessária também a utilização de uma proveta (imagem abaixo). A proveta nada mais é do que um tubo de vidro ou plástico transparente, geralmente com marcação de volume na parte externa. A maioria das provetas usadas pelos cervejeiros é de 250ml de capacidade, o que evita que se desperdice muito líquido precioso para a medição.
Para estimar o percentual de álcool de sua cerveja através do densímetro é necessário obter duas informações: Densidade Original (DO) e Densidade Final (DF).
A leitura da DO é feita logo após o mosto ser resfriado e antes de ter o fermento adicionado. Basta encher a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e colocar o densímetro dentro. Assim que o densímetro estabilizar no líquido, veja qual a marcação que está na linha do líquido. Esta é a sua DO. Guarde esta informação.
A leitura da DF somente será realizada após o término da fermentação do mosto e antes de ser carbonatada. Se for engarrafar usando primming, faça a leitura antes de adicionar o açúcar ou solução do primming. Novamente, encha a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e coloque o densímetro dentro. Faça a leitura da marcação que está na linha do líquido. Esta é sua DF.
A diferença entre a DO e a DF é a quantidade de açúcar que foi consumido pelas leveduras. Neste momento, o açúcar foi convertido basicamente em álcool e gás carbônico. Para saber quanto de álcool aproximadamente a fermentação produziu através da conversão dos açúcares, basta aplicar os valores lidos em fórmula.
Várias fórmulas são encontradas para estimar o percentual de álcool, e cada uma delas apresenta um valor ligeiramente diferente. Isto não é tão relevante, pois o que interessa ao cervejeiro caseiro é fazer uma estimativa do teor alcoólico. Independente da variação, o resultado é satisfatório para fins de análise “caseira”. Para se obter o percentual de álcool exato são necessárias análises bem mais complexas (e caras!) do que o simples densímetro.
Segue abaixo 3 fórmulas que acreditamos que sejam as mais difundidas:
1° ABV = (DO-DF)*131
2° ABV = ((DO-DF) / 0,75)*100
3° ABV = (DO-DF)/0,00738
Para avaliar a pequena variação entre as fórmulas, vamos aplicar uma DO de 1.052 e uma DF de 1.010:
1° ABV = ( 1.052 – 1.010) * 131 -> 5,50%
2° ABV = (( 1.502 – 1.010) / 0,75 ) * 100 -> 5,60%
3° ABV = ( 1.052 – 1.010) / 0,00738 -> 5,69%
Veja que a variação é relativamente pequena entre as fórmulas. A fórmula que parece ser mais utilizada é a primeira.
Importante:
- O densímetro é calibrado em uma temperatura específica (normalmente 20°C). Isto significa que o líquido a ser medido deve estar na mesma temperatura. Caso não esteja, é necessário utilizar uma tabela de correção para obter os valores corretos.
- O mosto que foi utilizado para fazer a leitura não deve ser reaproveitado. Ou melhor, pode ser aproveitado para beber e ter uma idéia de como está a sua cerveja! Mas nunca coloque a cerveja de volta de onde foi retirada. Isso evitará contaminação ou eventuais problemas com sua cerveja.
- Se for utilizado primming para formação de gás, este adicionará cerca de 0,2% a 0,4% de álcool à sua cerveja – depende da quantidade que for utilizada. Logo, se através da leitura do densímetro você obteve 5,5% ABV, com primming ficará em torno de 5,8% ABV.
Tabela de correção do densímetro
Para densímetro calibrado a 20°C:
Temp °C | Correção | Temp °C | Correção | Temp °C | Correção |
1 | -1,7 | 30 | 2,5 | 59 | 14,3 |
2 | -1,7 | 31 | 2,8 | 60 | 14,8 |
3 | -1,8 | 32 | 3,1 | 61 | 15,3 |
4 | -1,8 | 33 | 3,4 | 62 | 15,8 |
5 | -1,8 | 34 | 3,7 | 63 | 16,4 |
6 | -1,7 | 35 | 4,1 | 64 | 16,9 |
7 | -1,7 | 36 | 4,4 | 65 | 17,5 |
8 | -1,6 | 37 | 4,8 | 66 | 18,0 |
9 | -1,6 | 38 | 5,1 | 67 | 18,6 |
10 | -1,5 | 39 | 5,5 | 68 | 19,1 |
11 | -1,4 | 40 | 5,9 | 69 | 19,7 |
12 | -1,3 | 41 | 6,2 | 70 | 20,3 |
13 | -1,2 | 42 | 6,6 | 71 | 20,8 |
14 | -1,1 | 43 | 7,0 | 72 | 21,4 |
15 | -0,9 | 44 | 7,4 | 73 | 22,0 |
16 | -0,8 | 45 | 7,8 | 74 | 22,6 |
17 | -0,6 | 46 | 8,3 | 75 | 23,2 |
18 | -0,4 | 47 | 8,7 | 76 | 23,8 |
19 | -0,2 | 48 | 9,1 | 77 | 24,4 |
20 | 0,0 | 49 | 9,5 | 78 | 25,0 |
21 | 0,2 | 50 | 10,0 | 79 | 25,7 |
22 | 0,4 | 51 | 10,4 | 80 | 26,3 |
23 | 0,6 | 52 | 10,9 | 81 | 26,9 |
24 | 0,9 | 53 | 11,4 | 82 | 27,6 |
25 | 1,1 | 54 | 11,8 | 83 | 28,2 |
26 | 1,4 | 55 | 12,3 | 84 | 28,9 |
27 | 1,6 | 56 | 12,8 | 85 | 29,5 |
28 | 1,9 | 57 | 13,3 | 86 | 30,2 |
29 | 2,2 | 58 | 13,8 | 87 | 30,9 |
O valor da correção deve ser adicionado à leitura. Por exemplo, se o mosto estiver à temperatura de 30ºC e a leitura da densidade foi de 1.050, a densidade correta é 1,0525.
Credito:
https://sites.google.com/site/grabenwasser/



