quinta-feira, 31 de outubro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cerveja de milho

http://almanaquedasdrogas.files.wordpress.com/2013/08/cerveja_de_verdade.jpg Os traficantes malvados e a cerveja de milho Publicado em 21 de agosto de 2013 por tarsoaraujo Já provou cerveja de milho? Se você já bebeu Bohemia, Skol, Antarctica ou Nova Schin, por exemplo, a resposta é sim. Todas elas levam na sua receita até 45% de milho – substituto barato da cevada maltada, ingrediente da receita original desta nobre bebida. Já se sabe dessa malandragem pelo menos desde o ano passado, quando uma pesquisa da USP e da Unicamp analisou as cervejas brasileiras e constatou que as cervejarias nacionais usam nos seus produtos quase 45% de milho, limite máximo permitido por lei. A novidade, noticiada pela Folha, é que as cervejarias estão batalhando para colocar ainda mais milho na sua cerveja – até 50%. Seria a verdadeira cerveja de maizena. A cerveja é a bebida mais antiga que a humanidade produziu. E ela sempre foi feita de cevada, primeiro cereal que o homem plantou e colheu. E esse pioneirismo do grão talvez não seja coincidência – estudiosos da revolução do neolítico (período em que desenvolvemos a agricultura, há de 10 mil anos), consideram a hipótese de o homem ter desenvolvido as primeiras técnicas agrícolas justamente para fabricar cerveja. Se você leu o Almanaque das Drogas, já sabe disso. Na era medieval, a Europa começou a ter problema de intoxicação por causa de cervejas feitas com ingredientes duvidosos e monges alemães que fabricavam cerveja baixaram um decreto com os ingredientes essenciais e obrigatórios da cerveja – e lá estava o malte de cevada como único grão aceito. É dele que vem o açúcar que as leveduras usam na fermentação para produzir álcool e gás carbônico. Quando se muda o grão que as leveduras “comem”, muda também o sabor do produto final. Os mestres cervejeiros daqui apelam para essa mistura porque a produção de cevada brasileira é pequena, e nosso know how sobre o processo de maltagem é baixo. Então praticamente todo malte usado em nossas cervejas é importado e, logo, caro. Então eles colocam milho para deixar a cerveja mais barata. Uma grande sacanagem com o consumidor. Porque cerveja com mais milho é menos cerveja. Não tem saída, ela fica diferente mesmo. Só não dá para dizer que fica pior porque tem gosto para tudo – quem sabe você não gosta mesmo é do fermentado de milho? A sacanagem é ainda mais cruel se levarmos em conta algumas questões econômicas. A primeira é que já pagamos um preço absurdamente caro por uma garrafa de cerveja. Em São Paulo e Rio de Janeiro não é difícil achar um bar que venda 600 ml por R$ 8. A outra questão é que a Ambev, produtora das marcas mais vendidas do país, é dona da 4a maior margem de lucro sobre a venda entre as empresas brasileiras. De cada R$ 100 vendidos pela cervejeira, R$ 49,80 é lucro.* Isso quer dizer que eles não precisam piorar a cerveja para manter seu negócio lucrativo. Os donos da Ambev são os homens mais ricos do país – Jorge Paulo Leman, sócio majoritário, tem uma fortuna de R$ 38 bilhões. Esses comerciantes de drogas poderiam ganhar um pouquinho menos por garrafa para manter nossa cerveja ruim como já é. Não precisava piorá-la. Mas eles preferem fazer isso a ganhar alguns centavos a menos. E ainda acham que só os fabricantes de drogas ilícitas é que são malvados e gananciosos, capazes de “malhar” seus produtos. *** Agora que você sabe dessa história, confira as cervejas brasileiras feitas com malte de verdade. CERVEJA_DE_VERDADE *Fonte: Revista Exame, Melhores e Maiores, edição 2013, julho.

domingo, 8 de setembro de 2013

Medindo o teor alcoólico da cerveja


Uma dúvida freqüente dos cervejeiros iniciantes é quanto ao uso do densímetro na fabricação da cerveja caseira, principalmente no que diz respeito à estimativa do percentual de álcool gerado (ABV). Afinal, de que adianta fazer cerveja se não vai ser possível saber quanto de álcool tem nela!

O densímetro é um equipamento relativamente simples e que serve para medir a densidade (ou massa específica) de determinada solução. Em outra palavras, mede a diferença entre a densidade da solução e a densidade da água pura. No caso do cervejeiro caseiro, mede-se a quantidade de açúcar diluído na solução. A água pura possui densidade de 1.000. Quanto mais açúcar diluído na água maior a sua densidade e, portanto, maior a sua leitura através do densímetro. O densímetro mais utilizado pelos cervejeiros caseiros é o de graduação entre 1.000 e 1.100, o que permite fazer a leitura de cervejas com alto potencial alcoólico (quase 12%).



Este é um equipamento essencial ao cervejeiro caseiro, pois pode fornecer vários dados importantes tais como avaliar a eficiência na extração de açúcares do malte durante a brassagem, estimar o percentual aproximado de álcool da cerveja e analisar a atenuação do mosto durante a fermentação.

Para usar o densímetro, normalmente é necessária também a utilização de uma proveta (imagem abaixo). A proveta nada mais é do que um tubo de vidro ou plástico transparente, geralmente com marcação de volume na parte externa. A maioria das provetas usadas pelos cervejeiros é de 250ml de capacidade, o que evita que se desperdice muito líquido precioso para a medição.

Para estimar o percentual de álcool de sua cerveja através do densímetro é necessário obter duas informações: Densidade Original (DO) e Densidade Final (DF).

A leitura da DO é feita logo após o mosto ser resfriado e antes de ter o fermento adicionado. Basta encher a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e colocar o densímetro dentro. Assim que o densímetro estabilizar no líquido, veja qual a marcação que está na linha do líquido. Esta é a sua DO. Guarde esta informação.

A leitura da DF somente será realizada após o término da fermentação do mosto e antes de ser carbonatada. Se for engarrafar usando primming, faça a leitura antes de adicionar o açúcar ou solução do primming. Novamente, encha a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e coloque o densímetro dentro. Faça a leitura da marcação que está na linha do líquido. Esta é sua DF.

A diferença entre a DO e a DF é a quantidade de açúcar que foi consumido pelas leveduras. Neste momento, o açúcar foi convertido basicamente em álcool e gás carbônico.  Para saber quanto de álcool aproximadamente a fermentação produziu através da conversão dos açúcares, basta aplicar os valores lidos em fórmula.

Várias fórmulas são encontradas para estimar o percentual de álcool, e cada uma delas apresenta um valor ligeiramente diferente. Isto não é tão relevante, pois o que interessa ao cervejeiro caseiro é fazer uma estimativa do teor alcoólico. Independente da variação, o resultado é satisfatório para fins de análise “caseira”. Para se obter o percentual de álcool exato são necessárias análises bem mais complexas (e caras!) do que o simples densímetro.

Segue abaixo 3 fórmulas que acreditamos que sejam as mais difundidas:

 ABV = (DO-DF)*131

2° ABV = ((DO-DF) / 0,75)*100

 ABV = (DO-DF)/0,00738

Para avaliar a pequena variação entre as fórmulas, vamos aplicar uma DO de 1.052 e uma DF de 1.010:

  ABV = (  1.052 – 1.010) * 131                   -> 5,50%

 ABV = (( 1.502 – 1.010) / 0,75 ) * 100         -> 5,60%

 ABV = (  1.052 – 1.010) / 0,00738              -> 5,69%

Veja que a variação é relativamente pequena entre as fórmulas. A fórmula que parece ser mais utilizada é a primeira. 

 Importante:

- O densímetro é calibrado em uma temperatura específica (normalmente 20°C). Isto significa que o líquido a ser medido deve estar na mesma temperatura. Caso não esteja, é necessário utilizar uma tabela de correção para obter os valores corretos. 

- O mosto que foi utilizado para fazer a leitura não deve ser reaproveitado. Ou melhor, pode ser aproveitado para beber e ter uma idéia de como está a sua cerveja! Mas nunca coloque a cerveja de volta de onde foi retirada. Isso evitará contaminação ou eventuais problemas com sua cerveja.

- Se for utilizado primming para formação de gás, este adicionará cerca de 0,2% a 0,4% de álcool à sua cerveja – depende da quantidade que for utilizada. Logo, se através da leitura do densímetro você obteve 5,5% ABV, com primming ficará em torno de 5,8% ABV.


Tabela de correção do densímetro

Para densímetro calibrado a 20°C: 

Temp °C

Correção

Temp °C

Correção

Temp °C

Correção

1

-1,7

30

    2,5

59

   14,3

2

-1,7

31

    2,8

60

   14,8

3

-1,8

32

    3,1

61

   15,3

4

-1,8

33

    3,4

62

   15,8

5

-1,8

34

    3,7

63

   16,4

6

-1,7

35

    4,1

64

   16,9

7

-1,7

36

    4,4

65

   17,5

8

-1,6

37

    4,8

66

   18,0

9

-1,6

38

    5,1

67

   18,6

10

-1,5

39

    5,5

68

   19,1

11

-1,4

40

    5,9

69

   19,7

12

-1,3

41

    6,2

70

   20,3

13

-1,2

42

    6,6

71

   20,8

14

-1,1

43

    7,0

72

   21,4

15

-0,9

44

    7,4

73

   22,0

16

-0,8

45

    7,8

74

   22,6

17

-0,6

46

    8,3

75

   23,2

18

-0,4

47

    8,7

76

   23,8

19

-0,2

48

    9,1

77

   24,4

20

0,0

49

    9,5

78

   25,0

21

0,2

50

   10,0

79

   25,7

22

0,4

51

   10,4

80

   26,3

23

0,6

52

   10,9

81

   26,9

24

0,9

53

   11,4

82

   27,6

25

1,1

54

   11,8

83

   28,2

26

1,4

55

   12,3

84

   28,9

27

1,6

56

   12,8

85

   29,5

28

1,9

57

   13,3

86

   30,2

29

2,2

58

   13,8

87

   30,9

 O valor da correção deve ser adicionado à leitura. Por exemplo, se o mosto estiver à temperatura de 30ºC e a leitura da densidade foi de 1.050, a densidade correta é 1,0525.



Credito:

https://sites.google.com/site/grabenwasser/





Falando sobre fermentação

Um pouco sobre o processo de fermentação.

 

A fermentação alcoólica é um processo biológico no qual açúcares como a glicose, frutose e sacarose são convertidos em energia celular com produção de etanol e dióxido de carbono como resíduos metabólicos. Como este processo pode ser realizado sem a presença de oxigênio é considerado um processo anaeróbico. Praticamente todos os organismos vivos podem utilizar a glicose para produção da energia necessária para seus processos metabólicos. Neste processo, chamado glicólise, a glicose e alguns outros açúcares são transformados em outras substâncias, com liberação de energia. O que determina quais substâncias serão produzidas depende do tipo de micro-organismos e o meio onde vivem. As leveduras de cervejaria e padaria e em todos os outros organismos que promovem a fermentação alcoólica, incluindo algumas plantas, fermentam a glicose em etanol e CO2, de forma que, neste processo, toda massa de glicose está contida nos produtos e não é utilizada outra substância como "matéria prima" (como oxigênio, nitrato, íons ferricos, etc). O processo de glicólise, comum as fermentações, produz ácido pirúvico, que no meio celular encontra-se ionizado na forma de piruvato e um intermediário reduzido, o NADH.

 

Como a quantidade de NADH é limitada e ele é necessário na sua forma oxidada (NAD+) na glicólise e, consequentemente, na continuação do processo de produção de energia, o NADH tem que ser oxidado. A forma como ele será oxidado caracteriza o tipo de fermentação, e quase sempre utiliza o outro subproduto da glicólise: o piruvato ou seus derivados. Na fermentação alcoólica, o piruvato sofre descarboxilação (perda de um átomo de carbono, na forma de CO2), pela ação de uma enzima (piruvato descarboxilase), formando aldeído acético. Este aldeído sofre redução, oxidando o NADH para NAD+ e formando o etanol, processos intermediados pela enzima álcool desidrogenase. O CO2 produzido na descarboxilação do piruvato pelas leveduras é o responsável pela carbonatação caraterística do champagne (vinho) e da cerveja, assim como pelo crescimento da massa do pão e do bolo. A álcool desidrogenase está presente em muitos organismos que metabolizam o álcool, incluindo o homem. No fígado humano ela cataliza a oxidação do etanol, quer ele seja ingerido quer ele seja produzido por micro-organismos intestinais, com a concomitante redução do NAD+ para NADH. O álcool produzido pelas picadas é também um meio de defesa contra outros micro-organismos. Mesmo a própria levedura não consegue sobreviver em um meio com mais de 25% álcool (a maioria das cepas naturais interrompe o crescimento a 12% etanol em solução). Esta propriedade de eliminar micro-organismos indesejáveis foi muito usada na antiguidade: na Europa, muitas fontes de água eram contaminadas, e o vinho e cerveja não possuiam os micro-organismos patogênicos. Ocorre produção de etanol, e durante o processo há liberação de CO2. Essa liberação é responsável pelo crescimento de massas de bolo e de pão que possuem fermento (organismo fermentadores). A fermentação também é responsável pela fabricação de bebidas alcoólicas.

Agora é Abadia!!!!

Primeira leva de Cerveja Wamp Beer já está pronta!!
Paulo Clebicar
Enviado do meu iMac



Trippel e Abadia

Wamp no Youtube


Engarrafando a Trippel





Fazendo a Abadia no Garrastazu #2